HONG KONG, China — O terremoto e a tsunami em Samoa, e o terremoto na ilha indonésia de Sumatra não tiveram relação, apesar de terem sido registrados no Anel de Fogo do Pacífico, onde o choque entre as placas continentais provoca uma forte atividade sísmica, segundo especialistas.
"Aconteceram a 10.000 quilômetros de distância", declarou à AFP Bill Fry, sismólogo no centro GNS Science na Nova Zelândia.
"Existem casos onde os terremotos se aproximam no tempo e espaço, pois um dos tremores repercute sobre outro setor da falha, mas a esta distância é impossível", disse.
O "anel de fogo do Pacífico", à margem do maior oceano do planeta, concentra algumas das mais importantes zonas de subducção do mundo.
Na região as placas tectônicas se encaixam a grande velocidade geológica (vários centímetros por ano) sob outras placas, acumulando enormes tensões que mais cedo ou mais tarde são liberadas.
"Não há relação conhecida entre os dois terremotos", destacou o professor Gary Gibson do Centro de Pesquisas em Sismologia de Melbourne.
"O que acontece é perfeitamente normal. Geralmente, os terremotos parecem chegar em série, mas não é mais que uma impressão".
Anel de Fogo do Pacífico
Cerca de 90% de toda a actividade vulcânica ocorre nos oceanos e concentra-se, maioritariamente, no Pacífico.
Ao longo das fronteiras das placas tectónicas em que este assenta, existe uma intensa actividade geológica de origem vulcânica e sísmica.
Longas cadeias de vulcões estendem-se à volta do Pacífico, formando um anel - o Sistema Circum-Pacífico ou Anel de Fogo do Pacífico.
Este sistema é caracterizado, também, por sismos resultantes da deslocação das placas. Alguns dos vulcões e sismos com efeitos mais catastróficos, ocorrem nesta zona do planeta. A intensa actividade sísmica aqui verificada é responsável pelos famosos tsunamis ou maremotos.