As abelhas são elementos importantíssimos tanto para o homem como para o meio ambiente, seja pelos produtos de valor comercial fornecidos, (mel, própolis, cera e geléia real), mas principalmente pela ação da polinização, por contribuir para o aumento da produção de frutos e sementes de diversos vegetais de interesse agro florestal.
O número de colônias de abelha tem declinado consideravelmente, sendo um fato preocupante para a humanidade. Esse desaparecimento misterioso pode causar um estrago de proporções catastróficas aos seres vivos .Nos Estados Unidos recebeu o nome de Colony Collapse Disorder (Desordem e Colapso da Colônia) atingindo 30 a 50 estados. Três espécies já desapareceram nos últimos 50 anos e outras dez encontram-se ameaçadas. Foram encontradas abelhas sobreviventes em suas colméias, nas quais haviam perdido por completamente sua imunidade e estavam infestadas por vários tipos de vírus e fungos ao mesmo tempo. Cientistas das Américas chegaram à conclusão de que elas se intoxicam ao coletar o pólen contaminado por herbicidas e inseticidas usados na agricultura.
Outra possível causa apontada por pesquisadores é o aquecimento global. O sistema de orientação das abelhas funciona por meio dos olhos. As abelhas dependem da luz solar para encontrar o caminho de volta para as colméias. O aumento da incidência de raios ultravioletas poderia, assim, ser uma das causas do fenômeno.
Alguns apicultores Gaúchos e Catarinenses relatam desaparecimento de abelhas em níveis inéditos, registrando perdas de 25% na produção de mel em suas regiões. O fenômeno pode causar graves desequilíbrios ambientais, vez que as abelhas são responsáveis por mais de 90% da polinização e, de forma direta ou indireta pelos alimentos consumidos pelos seres humanos além de perpetuar as espécies vegetais.
O físico Albert Einstein fez uma previsão assustadora, há mais de 60 anos: “Olhem as abelhas, se elas sumirem, a humanidade tem no máximo de quatro anos de sobrevida”, o motivo é simples: sem abelhas não há polinização, e sem polinização não há produção de alimentos.
Por Edilene Teles Barbosa