Biologia
Graças a um vírus, você não bota ovos!
Moçada, saiu um artigo muito bom na revista "superinteressante" que trata da evolução de nós, mamíferos. Já sabemos que os vírus tiveram um papel fundamental no processo evolutivo das espécies, tanto é que há teorias que afirmam ser os vírus, os grandes responsáveis pela vasta variabilidade genética existente. Em breve postarei mais informações sobre esta questão. Por enquanto, vejam esta matéria. Leiam e comentem!!!
Há 120 milhões de anos, os ancestrais dos mamíferos foram infectados por um micróbio. Mas, em vez de provocar doença, o invasor mudou a embalagem dos bebês.
Se um médico lhe dissesse que o seu corpo está infestado por um tipo de vírus chamado ERV, parente do causador da Aids, o HIV, você certamente entraria em pânico. Pois está, mas relaxe. Micróbios desse tipo são habitantes permanentes das células de todos os mamíferos — das suas também. São eles que ajudam a formar a placenta, a membrana que protege o bebê na barriga da mãe. Os ERVs carregam proteínas que estimulam a fusão de algumas células do embrião, e é isso que leva à formação do envoltório protetor (veja ao lado).
Agora o patologista sueco Erik Larsson, da Universidade de Uppsala, está dizendo que foi o ERV o responsável pelo desenvolvimento da placenta nos mamíferos. Pela teoria, os primeiros animais desse grupo gestavam seus filhotes como os répteis, que protegem as crias dentro de ovos. Só que, um dia, eles foram infectados pelo vírus e criaram a placenta. Sem ela, o filhote não poderia ser gestado dentro do organismo materno. "Isso só é possível porque a placenta resguarda o embrião contra o ataque das células de defesa que estão no sangue materno", declarou Larsson à SUPER.
1. Pela teoria, o vírus ERV invadiu o organismo de ancestrais dos mamíferos e transferiu seus genes para o núcleo das células hospedeiras.
2. Hoje, os genes do ERV fazem parte do DNA humano. Ficam adormecidos a maior parte do tempo. Quando o embrião começa a se desenvolver, os genes do parasita fabricam uma proteína que vai para a membrana celular.
3. Nos locais em que há proteína viral, a membrana de uma célula gruda na de células vizinhas.
4. A fusão das células faz com que ela se transforme em uma parede hermeticamente fechada. Essa barreira, na placenta, impede que o embrião receba o sangue da mãe e seja atacado pelos anticorpos dela.
fonte: Revista Superinteressante Edição 143
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