A Comissão Europeia deve apresentar um plano de redução de emissões de gases do efeito estufa que direciona a maior parte dos 50 bilhões de euros disponíveis para pesquisa e desenvolvimento para a energia solar e para a captura e armazenamento das emissões de usinas de carvão.
O plano tem em parte a intenção de mostrar que a União Europeia está dando os passos adicionais necessários para cumprir metas ambiciosas de redução de gases do efeito estufa antes do encontro de cúpula em Copenhague de dezembro, que discutirá um novo acordo global para conter a mudança climática.
Mas o plano também sinaliza a necessidade de um reordenamento das prioridades industriais do bloco ao exigir que governos gastem quantias significativamente maiores em energia limpa, mesmo enquanto o mundo sai de uma profunda crise financeira. "Mercados e empresas energéticas agindo por conta própria provavelmente são incapazes de produzir os avanços tecnológicos necessários em um período de tempo curto o suficiente para cumprir as metas da UE para políticas climáticas e energéticas", disse a comissão em um rascunho do plano obtido pelo jornal The International Herald Tribune.
A introdução de tecnologias de baixo carbono também "representa um grande desafio no contexto da crise financeira, quando a aversão ao risco é maior e o investimento em tecnologias novas e mais arriscadas não está no topo das prioridades dos investidores", dizia o rascunho. Espera-se que os comissários da União Europeia cheguem a um acordo sobre as quantias finais a serem alocadas em usinas energéticas de baixo carbono durante um encontro.
Na regulação dos gases do efeito estufa, a UE já institui custosos limites de emissão e um sistema de trocas, enquanto alguns países taxam emissões de dióxido de carbono associadas a aquecimento doméstico e uso de carros.
Sob o plano, o setor solar receberia o valor maior, 16 bilhões de euros (US$ 23,5 bilhões), ao longo da próxima década. Ao alocar a segunda maior quantia, 13 bilhões de euros, para capturar carbono e armazenar emissões de gases do efeito estufa, a comissão disse ter a intenção de tornar a tecnologia viável comercialmente para todas as usinas de energia que entrarem em operação após 2020.
Outra proposta favorecida sob o esboço do plano seria a iniciativa "Cidades Inteligentes", que foca no aperfeiçoamento da eficiência urbana. O documento prevê 11 bilhões de euros para desenvolver uma nova geração de edifícios e sistemas de transporte.
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