Declínio de fitoplâncton pode comprometer cadeia alimentar
Biologia

Declínio de fitoplâncton pode comprometer cadeia alimentar


Aquecimento global altera ecossistemas marinhos

Fitoplâncton é a base da cadeia alimentar marinha
Fitoplâncton é a base da cadeia alimentar marinha
Um estudo, publicado hoje na Nature, alerta que o decréscimo de fitoplâncton pode comprometer a cadeia alimentar nos oceanos, inclusive o consumo humano de peixe.
Os organismos microscópicos, que são a base da vida animal marinha, de camarões a baleias, estão a desaparecer em todo o mundo à taxa de um por cento ao ano.
Desde 1950, a massa de fitoplâncton desceu 40 por cento, provavelmente por causa do impacto do aquecimento global, ressaltaram os investigadores.
"O fitoplâncton é o combustível que move os ecossistemas marinhos", disse o autor do estudo, Daniel Boyce, professor da Universidade Dalhousie, no Canadá.
O ritmo deste declínio, maior nas regiões polares e tropicais coincidiu com o ritmo com que se aquecem as temperaturas da superfície dos oceanos, como resultado das mudanças climáticas.
Boris Worm, co-autor do estudo
Boris Worm, co-autor do estudo
Como todas as plantas, o fitoplâncton precisa de luz do sol e nutrientes para crescer. No entanto, os oceanos mais quentes ficam mais estratificados, criando uma zona morta na superfície.
"O fitoplâncton é uma parte crítica do sistema de suporte do planeta: Produz metade do oxigénio que respiramos, reduz o dióxido de carbono na superfície e sustenta toda a indústria pesqueira", explicou Boris Worm, co-autor do estudo.

Mundo mais quente

A investigação "não faz um bom prognóstico de ecossistemas pelágicos ou ecossistemas de mar aberto num mundo que, provavelmente, ficará mais quente", ressaltaram, em artigo David Siegel, cientista da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, e Bryan Franz, biólogo marinho do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA.

Derek Tittensor, investigador
Derek Tittensor, investigador
Em estudo, também publicado este mês na Nature, uma equipe de cientistas chefiada por Derek Tittensor, também de Dalhousie, descobriu a relação entre as temperaturas marinhas e a concentração de biodiversidade dos oceanos.
Em mais de onze mil espécies, de zooplâncton a baleias, o único fator ambiental vinculado a todas as espécies é a temperatura.
"Este vínculo sugere que o aquecimento dos mares, como o provocado pela mudança climática, pode alterar a distribuição de vida marinha", disse Tittensor através de comunicado.

Fonte: Ciência Hoje Pt




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