Daqui a um dia começará a reunião internacional para negociar medidas que enfrentem o aquecimento global. Essa reunião, chamada Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima das Nações Unidas ( United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC) teve seu nome simplificado para “COP” (de “Conference of the Parties”).
Como a próxima reunião, marcada para 7 a 18 de dezembro em Copenhague, capital da Dinamarca, é a 15ª, teremos a "COP 15" . Vão para o encontro representantes dos países signatários (as “partes”) da convenção, um acordo-base firmado em junho de 1992, na ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, e hoje ratificado por 193 países.
O novo acordo, se houver, substituirá o Protocolo de Kyoto, adotado na "COP 3" em 1997, que deixa de vigorar em 2013 (sem de fato ter feito muita diferença).
IPCCUm ano depois da assinatura do Protocolo de Kyoto, foi criado, em 1988, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (conhecido por IPCC , de Intergovernmental Panel on Climate Change).
O objetivo do IPCC é usar a literatura científica para avaliar a extensão das mudanças climáticas, e compreendê-las. Outro objetivo é avaliar o potencial da humanidade para adaptar-se às mudanças ou se contrapor a elas. Os pais do IPCC são as agências das Nações Unidas para meio ambiente (Pnuma) e para meteorologia (OMM).
Depois de publicar relatórios de avaliação em 1990, 1995 e 2001, o
IPCC lançou em 2007 o documento que se tornou o consenso científico sobre aquecimento . O texto, cuja preparação envolveu mais de 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores, conclui que os países desenvolvidos devem cortar suas emissões de gases do efeito estufa em 40% até 2020 para segurar a alta da temperatura do planeta no limite de 2°C. Pelas contas do IPCC, é o único jeito de evitar um descontrole climático de consequências desastrosas, imprevisíveis, apocalípticas.O problema é que cortar gás-estufa envolve interesses econômicos:
.Nenhum país quer assumir compromissos se os demais (concorrentes na arena do comércio internacional) não fizerem a mesma coisa.
.Mesmo os governos dispostos a assumir uma posição de liderança no campo ambiental têm grandes dificuldades para bancar sua política, por conta de fortes pressões de diversos e variados setores internos.
.Outros juram que levam a mudança climática a sério, como os chineses, mas não querem nem ouvir falar em metas obrigatórias impostas de fora. Tudo o que fizerem, se fizerem mesmo, será decisão interna, nacional.
A administração Obama propôs uma legislação com metas, mas ela está empacada no Senado. Pouca gente acredita que será aprovada antes da conferência na Dinamarca.
Fonte: G1
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