Cientistas americanos anunciaram nesta quinta-feira (24) a descoberta de que milhares de borboletas que anualmente migram dos Estados Unidos para o México faem de suas antenas uma espécie de GPS - sistema de posicionamento global que permite identificar as coordenadas geográficas.
Os animais usam como referência a luz solar e a partir de sensores naturais chamados relógios cicardianos localizados no cérebro conseguem estimar a hora do dia e a posição do sol, o que permite encontrar o sul. A novidade é que os mesmos sensores estão loocalizados nas antenas.
Steven M. Reppert, neurobiologista da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, diz que a descoberta fornece informações que poderão ser usadas em outras pesquisas.
- Esse inseto vai nos ensinar como o cérebro humano funciona e dará pistas sobre os relógios antenais de outros animais que também dependem do sol como abelhas e formigas.
Para descartar a hipótese de que os relógios cicardianos não estão apenas no cerébro, os cientistas seguraram as borboletas delicadamente pelas asas e mergulharam suas antenas em esmalte. As que tiveram as antenas esmaltadas em preto perderam a noção da direção sul. As que receberam esmalte transparente conseguiram voar normalmente pela rota de costume.
Com isso, os pesquisadores comprovaram que o olfato não está ligado ao mecanismo de orientação, pois qualquer tipo de esmalte tem o poder de bloquear esse sentido.