cientista robô?
Biologia

cientista robô?


Acaba de sair um artigo na revista Bioinformatics com o seguinte título:

"An ontology for a Robot Scientist"

(referência: Soldatova, L.N.; Clare, A.; Sparkes, A. & King, R.D (2006) Bioinformatics, 22(14):e464-e471; doi:10.1093/bioinformatics/btl207)

Repasso a seguir um trecho do resumo do artigo (publicado no formato de acesso-aberto ou acesso-livre):

Motivation: A Robot Scientist is a physically implemented robotic system that can automatically carry out cycles of scientific experimentation. We are commissioning a new Robot Scientist designed to investigate gene function in S. cerevisiae. This Robot Scientist will be capable of initiating >1,000 experiments, and making >200,000 observations a day. Robot Scientists provide a unique test bed for the development of methodologies for the curation and annotation of scientific experiments: because the experiments are conceived and executed automatically by computer, it is possible to completely capture and digitally curate all aspects of the scientific process. This new ability brings with it significant technical challenges. To meet these we apply an ontology driven approach to the representation of all the Robot Scientist’s data and metadata.
Pergunta: será que a atividade do cientista pode ser reduzida ao formato robótico? Não deveria ser algo mais na linha "robô científico" (= que executa tarefas científicas/conotação técnica) do que cientista-robô? Ou será que preparar uma bateria de reações de PCR, sequenciamento ou qualquer outra peripécia das bancadas de laboratórios de biologia molecular é suficiente para qualificar o sujeito (ou máquina) como cientista? Parece que cada vez mais, termos como reflexão e criatividade perdem espaço no mundo tecnológico (e eu sou favorável ao "tecnológico", mas sem perder a dimensão do talento humano). Um robô dificilmente será um cientista, assim como não será um artista (por mais que possa ser uma "fotocopiadora de luxo", com habilidade para trabalhar na bancada, não terá nunca "o brilho nos olhos" que vem com a descoberta científica). Faça uma observação rápida com qualquer aluno de iniciação científica e a evidência será monumental a favor do entusiasmo humano como parte integrante da definição de cientista!




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